"Frequentemente eu penso naquilo que é denominador comum e derradeiro da vida: nessa alguma coisa que costumamos chamar de 'morte'. Frequentemente penso em minha própria morte e em meu funeral, mas não em sentido angustiante. Frequentemente pergunto a mim mesmo o que gostaria que fosse dito então, eu deixo aqui com vocês, esta manhã, a resposta...Se vocês estiverem ao meu lado, quando eu encontrar meu dia, lembrem-se de que não quero um longo funeral. E se conseguirem alguém para fazer o "discurso fúnebre", digam-lhe para não falar muito. Digam-lhe para não mencionar que eu tenho um Prêmio Nobel da Paz: isto não é importante! Digam-lhe para não mencionar que eu tenho trezentos ou quatrocentos prêmios: isto não é importante!Eu gostaria que alguém mencionasse aquele dia em que Martin Luther King tentou dar a vida a serviço dos outros.Eu gostaria que alguém mencionasse o dia em que Martin Luther King tentou amar alguém.Quero que digam que eu tentei ser direito e caminhar ao lado do próximo.Quero que vocês possam mencionar o dia em que tentei vestir o mendigo, tentei visitar os que estavam na prisão, tentei amar e servir a humanidade.Sim, se quiserem dizer algo, digam que eu fui um arauto: um arauto da justiça, um arauto da paz, um arauto do direito.Todas as outras coisas triviais não têm importância. Não quero deixar atrás nenhum dinheiro.Eu só quero deixar atrás uma vida de dedicação!E isto é tudo o que eu tenho a dizer:
Se eu puder ajudar alguém a seguir adiante
Se eu puder animar alguém com uma canção
Se eu puder mostrar a alguém o caminho certo
Se eu puder cumprir meu dever cristão
Se eu puder levar a salvação para alguém
Se eu puder divulgar a mensagem que o Senhor deixou...então, minha vida não terá sido em vão."
Martin Luther King (último sermão para o mundo, na igreja de Ebenézer, Atlanta, na qual era pastor.)
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